“Na sociedade em que vivemos a mulher sozinha tem pouca voz. Infelizmente as mulheres ainda são muito duvidadas e é difícil alcançar uma mudança quando esta está sozinha. Num caso de assédio, por exemplo, quando a mulher faz uma denúncia sozinha, é comum que haja inúmeros questionamentos no sentido de saber se a fala é legítima. Porém, quando várias mulheres se unem, é muito mais provável que uma providência seja tomada. Em poucas palavras, sororidade faz relação a esse companheirismo, ao respeito entre as mulheres, ao caminhar juntas, unir forças na defesa de ideias”, pontua a especialista.
O termo sororidade ganhou mais força depois que a atriz e cantora Manu Gavassi, atualmente participante da 20ª Edição do Big Brother Brasil, utilizou a palavra justificar seu voto durante indicação do colega participante Felipe Prior ao paredão. A busca no Google pela palavra sororidade cresceu em 250% em um curto espaço de tempo.
A psicóloga diz visualizar a sororidade como algo amplamente positivo para o bem-estar da mulher que, de certo modo, tende a colocar ela lado a lado com outra mulher. “Eu não consigo não pensar naquele estigma da mulher ter que se sentir mais bonita que a outra, de se comparar, uma necessidade de se colocar em uma situação com uma posição de destaque em relação à outra. E essa ideia de ‘competição’ é abandonada diante do que a sororidade impõe. Pois, respeitando um pouco mais a nossa amiga, quem está do nosso lado, conseguimos ter um melhor reflexo de quem somos, das nossas atitudes e o que fazemos”, afirma.
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