No 8 de março, especialista afirma que sororidade é o caminho para combater a competição entre mulheres


O 8 de março é conhecido mundialmente como Dia Internacional da Mulher, uma data que requer muito mais que comemorações, mas que busca proporcionar reflexões sobre os espaços ocupados pelo público feminino, independente da cor, classe social, idade, que estejam inseridas nos mais diversos espaços sociais. Um termo que recentemente tem sido muito utilizado para representar um pouco de tudo isso é composto por dez letras e carrega consigo a força das mulheres que andam de mãos dadas na busca por mais igualdade e respeito, trata-se da sororidade. Quem explica um pouco mais sobre este termo e sua representatividade é a psicóloga do Hapvida em João Pessoa, Danielle Azevedo.

“Na sociedade em que vivemos a mulher sozinha tem pouca voz. Infelizmente as mulheres ainda são muito duvidadas e é difícil alcançar uma mudança quando esta está sozinha. Num caso de assédio, por exemplo, quando a mulher faz uma denúncia sozinha, é comum que haja inúmeros questionamentos no sentido de saber se a fala é legítima. Porém, quando várias mulheres se unem, é muito mais provável que uma providência seja tomada. Em poucas palavras, sororidade faz relação a esse companheirismo, ao respeito entre as mulheres, ao caminhar juntas, unir forças na defesa de ideias”, pontua a especialista.

O termo sororidade ganhou mais força depois que a atriz e cantora Manu Gavassi, atualmente participante da 20ª Edição do Big Brother Brasil, utilizou a palavra justificar seu voto durante indicação do colega participante Felipe Prior ao paredão. A busca no Google pela palavra sororidade cresceu em 250% em um curto espaço de tempo.

A psicóloga diz visualizar a sororidade como algo amplamente positivo para o bem-estar da mulher que, de certo modo, tende a colocar ela lado a lado com outra mulher. “Eu não consigo não pensar naquele estigma da mulher ter que se sentir mais bonita que a outra, de se comparar, uma necessidade de se colocar em uma situação com uma posição de destaque em relação à outra. E essa ideia de ‘competição’ é abandonada diante do que a sororidade impõe. Pois, respeitando um pouco mais a nossa amiga, quem está do nosso lado, conseguimos ter um melhor reflexo de quem somos, das nossas atitudes e o que fazemos”, afirma.

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