Ministro que tirou Ricardo da cadeia e livrou ex-governador da cassação duas vezes entra no ‘radar’ da Lava Toga por causa de delação de Cabral da


As investigações da Operação Calvário têm revelado uma certa sintonia entre o escândalo de corrupção até aqui conhecido na Paraíba e o praticado no Rio de Janeiro sob a égide do então governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro, que teve homologada pelo ministro Edson Fachin, sua proposta de colaboração em que que ‘entrega’, inclusive, dois ministros do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Nunes Maia e Humberto Martins, segundo revelações da revista Crusoé, que pertence ao grupo do site O Antagonista. Outra coincidência, é que o primeiro foi o mesmo que ‘ajudou’ o ex-governador Ricardo Coutinho sair da prisão, tendo antes livrado o socialista da cassação em duas oportunidades.
Napoleão Maia foi o ministro que concedeu a liminar que tirou o ex-governador Ricardo Coutinho da prisão, isso apenas dois dias após ele preso no âmbito da sétima fase da Operação Calvário denominada de Juízo Final. O procedimento de Maia, como se sabe,  foi questionada pela Procuradoria Geral da República e cuja decisão pode ser revertida pela 6ª turma do STJ, por ocasião de julgamento previsto para terça-feira, dia 18.
Maia também foi o mesmo ministro que, em duas oportunidades, “salvou” Ricardo Coutinho, na votação de Aijes, quando membro do Tribunal Superior Eleitoral. Em 24 de março de 2018, o TSE rejeitou por maioria de votos o pedido de cassação, na Aije Fiscal. Napoleão foi relator e pediu a absolvição do ex-governador.
Ao longo de 2019, o ministro Napoleão, em decisão monocrática, decidiu arquivar a Aije da PBPrev, apesar de parecer do Ministério Público Eleitoral pela cassação e inelegibilidade de Ricardo Coutinho. O MPE pediu uma nova votação da Aije no plenário do TSE. O relator, agora, é o ministro Og Fernandes.
Por essas e outras, segundo os bastidores do poder da Capital da República, é que o ministro, caso sejam confirmadas as revelações da revista, pode entrar no ‘radar’ da Lava Toga, uma espécia da Lava Jato do Judiciário.
Delação – Em sua delação premiada, Cabral, revela, segundo a revista Crusoé, ter ouvido de Orlando Diniz, então presidente da Fecomércio do Rio, que a contratação do escritório do filho de Humberto Martins para obter uma decisão favorável de Napoleão Nunes Maia.
Martins e o filho Eduardo já havia sido citados na delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, mas nesse caso Edson Fachin arquivou a parte que os envolvia. Agora, na colaboração de Cabral, o capítulo que envolve o ministro foi homologado. (mais em http://bit.ly/2HrGZm4)


tanaarea

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