Sérgio Moro garante que fica no governo Bolsonaro e admite perspectiva de entrar no STF


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, garantiu em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, que não há motivo para deixar o governo e que irá apoiar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.
No tom do programa humorístico, Moro afirmou que “é o segundo Dia do Fico”. A frase é uma alusão ao episódio da história do Brasil no qual d. Pedro 1º recusou-se a voltar a Portugal, que ficou conhecido como “Dia do Fico”.
Indagado se há atrito com o presidente Bolsonaro e se pretende concorrer ao posto de presidente nas próximas eleições, Moro disse que irá apoiar o atual mandatário por “questão de lealdade”.
O ex-juiz foi questionado sobre a possibilidade de ser indicado pelo presidente Bolsonaro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) e respondeu que essa é uma “perspectiva interessante”.
Em novembro, a aposentadoria compulsória de Celso de Mello abrirá uma vaga no Supremo, que seria de Moro segundo acordo que Bolsonaro depois desmentiu.
O presidente também tem afirmado que pretende indicar alguém “terrivelmente evangélico”, dando a entender que pode nomear o atual ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça.
Moro criticou ainda a proposta de adoção de um rodízio de juízes em comarcas pequenas para viabilizar a implantação do mecanismo do juiz das garantias no sistema judicial brasileiro. O ministro disse que a Justiça não é “rodízio de pizza”.
Questionado sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a mudança de orientação do STF sobre a prisão de condenados em segunda instância, Moro disse que o correto era Lula ter saído após cumprir a pena e a decisão do Supremo foi um retrocesso.
Sobre as críticas da imprensa ao governo Bolsonaro, Moro disse que algumas vezes as reações do presidente são exarcebadas mas “a imprensa podia dar uma folguinha”.
Na bancada do programa está a apresentadora Marina Mantega, filha do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que chegou a ter a prisão decretada por Moro na Operação Lava Jato.


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