Segue o Calvário: João Azevedo preserva ‘modelo’ de Ricardo Coutinho e mantém Organizações Sociais na educação apesar das denúncias de corrupção


O instinto de sobrevivência, bastante comum nos animais irracionais, notadamente os predadores, tem norteado as ações do governador João Azevedo desde a eclosão das primeiras fases da Operação Calvário, tanto é verdade que tem se esforçado no engendramento de estratégias midiáticas voltadas a passar a ideia de que não apenas rompeu vínculos políticos, mas que sua administração também cortou o cordão umbilical com a gestão do seu antecessor, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). Apesar de todo esse contorcionismo, Azevedo nem ninguém de seu governo ainda não explicou os motivos pelos quais mantém, em silêncio sepulcral, a atuação das chamadas ‘Organizacionais Sociais’ na área de educação.
Para se ter ideia, o ‘modelo’ é o mesmo que o até então vigente na saúde, área por onde todo esquema de corrupção descoberto pela Calvário começou, pelo menos é o que se sabe por enquanto. Na educação, a atuação das chamadas OS segue o mesmo patamar empregado nos tempos de Ricardo Coutinho, cuja estrutura importou da saúde para o setor igualmente estratégico da administração.
Nos bastidores das investigações, o que se sabe é que uma linha das investigações teria sido derrogada para o Ministério Público Federal (MPF), que também integra a chamada ‘força tarefa’ à frente da Operação Calvário. O MPF tem feito um trabalho minucioso acerca da atuação dessas OS na educação, com especial atenção para as formas de contratação e os recursos empregados no pagamento dos serviços.
Como estão em jogo recursos federais, o trabalho tem sido compartilhado com a Controladoria Geral da União (CGU), que tem feito a parametrização de todos os procedimentos. Nos próximos dias, segundo apurou o Tá na Área, é provável que a área da educação seja colocada em destaque no noticiário com fatos e episódios que devem levar muita dor de cabeça aos ex e atuais gestores, a começar pelo atual governador João Azevedo, responsável por manter o ‘projeto’ e preservar o tal ‘modelo de pactuação’ com OS na educação.

tanaarea

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