Pedido de liberdade evidencia que João e Ricardo nunca brigaram e sempre estiveram juntos e misturados


O pedido de habeas corpus feito pelo advogado Gilson Dipp, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e contratado a peso de ouro pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que ainda encontra-se foragido, para que o socialista não seja preso, apesar do mandado deferido pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça do Estado, por ocasião da sétima fase da Operação Calvário, revela algo intrigante e que expõe que nunca houve briga alguma entre ele e o atual governador João Azevêdo. Na peça os advogados usam a suposta descontinuidade do governo e o polêmico rompimento com o governador, João Azevedo, para embasar o pedido.
Como num quebra-cabeça, eis que as peças começam a formar o enredo de uma crônica de encenação e que só serviu até aqui para mostrar que criador e criatura nunca estiveram distantes um do outros, simplesmente porque estão ligados umbilicalmente pelo dinheiro da corrupção que vitaminou suas campanhas eleitorais e demais estripulias políticas. Tanto é verdade, que Azevêdo até hoje não teve a coragem de mudar o governo por iniciativa própria, ficando sempre a reboque de cada edição da Operação Calvário.
A verdade é que a Operação Calvário, liderada por uma força tarefa de órgãos fiscalizadores e tendo à frente o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), foi a grande ‘reformadora’ do governo de João Azevêdo (sem partido).
Desde fevereiro, quando foi realizada a segunda fase da Operação Calvário, a primeira deflagrada pelo Gaeco/MPPB , já que a de dezembro foi comandada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, oito auxiliares do Governo foram exonerados por serem alvos de prisão preventiva ou mandado de busca e apreensão.
Pastas mais importantes de um Governo foram alcançadas pela Operação Calvário e secretários, alvos da investigação, foram exonerados.
Foram exonerados, Livânia Farias, secretária de Administração, Gilberto Carneiro, procurador geral do estado, Waldson de Souza, secretário de Planejamento, Aléssio Trindade, secretário de Educação, Ivan Burity, secretário Executivo de Turismo, José Arthur Teixeira, coordenador do Imeq, Leandro Nunes de Azevedo, assessor da Secretaria de Administração e Maria Laura Caldas Almeida Carneiro, da Procuradoria Geral do Estado. Todos foram ou estão presos.
A edição da quarta-feira, dia 18, do Diário Oficial do Estado, trouxe as exonerações de José Edvaldo Rosas, que estava na chefia do Gabinete Civil do governador, e de Cláudia Luciana de Sousa Macena Veras, que era secretária executiva da Secretaria do Desenvolvimento e da Articulação Municipal. Ontem, por seu envolvimento, Tatiana Domiciano, ex-Cinep e que respondia pere PBGás. Hoje, eis que foi a vez de aliados da deputada Estela Bezerra (PSB).
Diante das evidências e comprovações, a julgar pelas razão embasadoras do HC de Coutinho, não restam mais dúvidas que criador e criatura sempre estiveram juntos e misturados.


tanaarea

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