Na carta ao governador Azevêdo, Viviane diz que aceitou com alegria o convite que ele lhe fez para assumir a presidência da Fundação Casa de José Américo e contribuir com seu trabalho, zelo e dedicação para o aperfeiçoamento de uma instituição “tão relevante para o desenvolvimento cultural da Paraíba”. E acrescenta: “Fiz isso, também, para oferecer minha contribuição à continuidade de um projeto que, com meu esforço e minha militância de décadas, ajudei a construir. E não só por ser irmã de Ricardo Coutinho, cujo exemplo me inspira e me motiva todos os dias, mas porque lutar por mudanças numa sociedade tão desigual também faz parte da minha história de vida”.
Viviane ressalta que com a eleição de João Azevêdo ao governo, acreditou que esse projeto teria continuidade, mas começou a desconfiar que estava enganada quando muitos companheiros e companheiras, que foram importantes e decisivos nessa caminhada, começaram a ser abandonados pelo meio do caminho”. O anúncio da desfiliação do governador dos quadros do PSB consolidou em Viviane, segundo ela, o que era apenas uma suspeita. Ela enfatiza que Azevêdo abandonou o projeto porque sem o PSB que o construiu, para iniciar, sob a liderança de Ricardo Coutinho, uma era de mudanças na Paraíba, ele perde razão de ser. “O PSB é um partido para o qual confluíram todos os desejos e expectativas de mudança da maioria dos paraibanos, de João Pessoa a Cajazeiras. Sem o PSB, o projeto que tanto lutamos para dar continuidade, na eleição passada, perde a alma, porque o projeto são as pessoas que o construíram e deram a ele vida nas ações que pensamos e tiramos do papel. Por isso, perdeu o sentido a minha permanência no atual governo. Em razão disso, peço demissão, em caráter irrevogável, da presidência da Fundação Casa de José Américo”, salientou Viviane Coutinho.
Na carta de exoneração, a ex-presidente da FCJA agradece ao corpo dirigente e ao seu Conselho Deliberativo pelos meses de trabalho compartilhado. “Agradeço a colaboração dos servidores que, cotidianamente, transformaram o exercício de administrar essa Casa num ato prazeroso e cheio de significados e compromissos com o público que nos visita em busca de conhecimento histórico e cultural, o que é a razão da nossa existência”.
osguedes
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