Juíz mantém prisão de Ricardo Coutinho e nega cela especial


Foram negados os pedidos da defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) para substituir a prisão preventiva por medidas cautelares e também, em caso da manutenção da prisão, o encaminhamento do socialista para o 5º Batalhão de Polícia Militar, no bairro do Valentina, em João Pessoa. A decisão do juiz Adilson Fabrício ocorreu durante audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (20), na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba.

O político é apontado pelas investigações do Ministério Público no âmbito da Operação Calvário como líder e responsável pela “organização criminosa” que desviou recursos públicos da Saúde e Educação da Paraíba nos últimos oito anos. Ele foi preso nessa quinta-feira (19), no Aeroporto Internacional de Natal (RN), após retornar de viagem da Europa.

O governador será recolhido para uma cela especial na Penitenciária Média Hitler Cantalice. As visitações estão limitadas a parentes de primeiro e segundo grau ‘com as mesmas regras dispensadas aos demais presos’.  Ao ser questionado pelo juiz Adilson Fabrício se teria conhecimento das acusações que o levaram a prisão, Coutinho negou que tenha cometido entre outros crimes, os de recebimento de propina.

“A primeira acusação que tenho conhecimento é recebimento de recursos financeiros ilegais. Eu digo publicamente que sou inocente. Não recebo recursos ilegais de ninguém. A segunda acusação é de ter sociedade com Lifesa. Não tenho sociedade com nenhuma empresa. Tenho uma única empresa que nunca movimento uma nota fiscal que é uma consultoria pessoal chamada Filipeia. E não movimentou porque eu abrir esse ano, porque foi um ano muito difícil por ataques a minha reputação. A terceira acusação que tenho conhecimento é de que eu fraudava a seleção para o Hospital Regional Metropolitano. Não posso considerar verídica porque ela foi monitorada pelo Tribunal de Contas e Ministério Público. E finalmente a outra acusação que tenho conhecimento é que eu controlava os poderes. É necessário dizer que isso é uma afronta aos poderes. Eu nomeie todos os chefes de poderes em primeiro lugar, todos eles, amigos ou não, nomeie devido a lista de escolha. Meu governo foi o mais fiscalizado da história desse estado”, disse.

A defesa do ex-governador apresentou dois requerimentos ao juiz Adilson Fabrício, ambos negados. A primeira seria a substituição da prisão por medidas cautelares a segunda, caso seja mantida a prisão preventiva, que Coutinho não seja encaminhado à Penitenciária Média, mas sim ao 5º Batalhão de Polícia Militar, no bairro do Valentina Figueiredo.



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