De acordo com a ANA, o limite para área de irrigação para cada usuário é de 0,5 hectare, que equivalente a meio campo de futebol. A medida tem o objetivo de assegurar água para abastecimento humano, que é o uso prioritário em situações de escassez, segundo a Política Nacional de Recursos Hídricos.
A restrição também tem a finalidade de assegurar a continuidade das atividades de irrigação, mesmo com menos água. O superintendente de fiscalização da ANA, Alan Lopes, ressaltou que a iniciativa deve assegurar água para o abastecimento de aproximadamente 400 mil pessoas de cidades ao longo do rio Piranhas-Açu.
“Esta ação busca conter e controlar o uso da água na irrigação para possibilitar a redução da vazão defluente do açude Coremas e preservar seu volume armazenado, advertindo irrigantes a reduzirem suas áreas para os limites permitidos. O objetivo é garantir o suprimento de água para usos prioritários nos próximos meses”, destacou Alan.
Seca no Piranhas-Açu dura seis anos
Segundo a ANA, o rio Piranhas-Açu está em situação extremamente crítica por causa do período de seca que começou em 2013 e causou a queda do volume acumulado nos principais reservatórios da bacia, como o Coremas e o Mãe d’Água. A irrigação chegou a ser totalmente suspensa em 2015 e o reservatório de Coremas chegou a atingir seu volume morto em 2016.
Em julho deste ano, o volume de Coremas estava em 16,2%, com 120,6 bilhões de litros, e pode atingir 5,5%, com 41,2 bilhões de litros, em junho de 2020, caso não ocorra aporte de chuvas no próximo ano, conforme previsões do termo de alocação de água.
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