Ex-secretário revela bastidores da crise no PSB: “Foi golpe”

O ex-secretário-geral do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Paraíba Flávio Moreira contou, nessa terça-feira (1), ter recebido uma lista com os nomes vinculados ao partido e que, na versão dele, estariam em favor da dissolução de Edvaldo Rosas da direção estadual do partido.
Inicialmente, Flávio contou que a lista começou a ser gestada entre os dias 13 e 14 de agosto deste ano. Ele também teria sido procurado pelo ex-governador Ricardo Coutinho e o secretário Fábio Maia.
A partir de então, ele narrou a seguinte reflexão: “O que foi que Edvaldo fez? O que foi que João fez?
Ele elogiou a atuação de Edvaldo Rosas, diante do comprometimento e dedicação ao projeto socialista.
– Eu sou testemunha da lealdade de ambos, mas principalmente, do ex-presidente Edvaldo Rosas, que é um companheiro que se dedicou por anos a fio, ao projeto que é exitoso – reconheceu ele.
Moreira lançou um desafio aos que estejam duvidando de sua palavra.
– Eu desafio qualquer um a ir contra aquilo que eu estou trazendo concretamente, que são dados, documentos. Eu não estou aqui para falar de suposições. Tanto que, só estou falando, pela primeira vez, depois que recebi o documento – disse.
Flávio, ainda, foi elencando o conteúdo exposto no documento que, em sua percepção, foi mal elaborado.
– A segunda página não tem cabeçalho. Qualquer documento desse tipo deveria ter, em todas as páginas, o teor dele. Nós percebemos que quem faz uma lista que não consta, em todas as páginas, o teor do que está se pretendendo fazer com essas assinaturas, tem algo de errado. A segunda coisa, foram as contabilizações das assinaturas. Os números não batiam. Essa lista é uma fraude – criticou o filiado ao PSB.
Ele disse claramente que foi um golpe e argumentou o porquê.
– No dia seguinte, eu liguei para Edvaldo Rosas, que, diga-se de passagem, sempre conduziu o partido com muito companheirismo e lealdade às pessoas. No meu afastamento, compreendeu as minhas razões. Eu disse pra Edvaldo: “Eu estou do lado de vocês. Eu não vou assinar a lista deles. Onde é que eu assino a sua, Edvaldo?” E assinei. Eu fui o 11º a assinar. Tanto foi um golpe, que a lista de permanência, ela foi feita depois. Depois que se soube que estava havendo essa movimentação, para coletar as assinaturas e destituir um diretório eleito. Aí, na conversa, ficou muito claro quais eram as intenções do grupo do governador – desabafou.

paraibaonline

Postar um comentário

0 Comentários