Sindicância vai investigar ‘supersalários’ de servidores do Samu e na UPA de Patos


Uma situação bem ‘atípica’ foi encontrada pela nova gestão da Secretaria de Saúde de Patos, no Sertão do Estado. Afundado em uma crise financeira há anos, o município pagava extras e plantões a profissionais que, ao fim do mês, elevavam de forma exagerada os vencimentos. Há casos, por exemplo, de enfermeiros que recebiam valores entre R$ 9 mil e R$ 13 mil para trabalharem no Samu e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Os dados serão detalhados na manhã desta quarta-feira (18) pelo secretário de Saúde do município, Umberto Joubert, durante uma entrevista coletiva. Ele adiantou ao Blog que uma sindicância será instaurada para investigar os casos, que podem ter ocorrido entre os meses de janeiro e agosto deste ano. “Mas se verificarmos que isso estava acontecendo em outros anos, vamos estender para outros períodos também”, explicou.
Em algumas situações, de acordo com o secretário, foram identificados pagamentos a pessoas que, no papel, estariam de plantão em dois lugares ao mesmo tempo. “Havia também situações em que as pessoas recebiam vale alimentação, mas no local de trabalho havia refeição. E outras situações de pessoas comissionadas, que não poderiam receber por plantões, mas que estavam recebendo”, complementou Umberto.
Medidas administrativas
A investigação iniciada na Saúde de Patos faz parte de uma série de medidas administrativas, adotadas pelo prefeito interino de Patos, Ivanes Lacerda (MDB), para tentar equilibrar as contas do município. Ele já havia anunciado a demissão coletiva de servidores comissionados e a não renovação de contratos de trabalho.
Ivanes é quarto prefeito em 2 anos e 7 meses
Ivanes chegou ao comando da prefeitura após a renúncia de Sales Junior (PRB). Sales havia assumido o posto depois da renúncia do então prefeito interino Bonifácio Rocha, em abril deste ano. Vice-prefeito de Patos, Bonifácio Rocha assumiu a gestão da cidade após o afastamento do prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB) da prefeitura, em desdobramento à Operação Cidade Luz.
Bonifácio encontrou um ‘rombo” financeiro de R$ 50 milhões na Prefeitura e baixou um pacote de medidas de cortes de gastos, a exemplo da demissão de comissionados e prestadores, além de reduzir despesas com energia, água, telefone e combustível. Apesar das medidas, não conseguiu equilibrar as finanças do município. 


jornaldaparaiba

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