MP processa MRV por falhas no programa Minha Casa Minha Vida

O MP-PR (Ministério Público do Paraná) está processando a construtora MRV por falhas graves na construção de 11 prédios do programa Minha Casa Minha Vida em Londrina. Uma ação pede a paralisação das obras da construtora e a interdição das unidades que já foram entregues por conta de riscos graves à segurança dos moradores.
As obras começaram há oito anos. São 11 prédios espalhados pela cidade paranaense, e o custo de cada apartamento bateu os R$ 140 mil. Para os moradores desse conjunto, o que era para ser um sonho se tornou um pesadelo. “O apartamento que me venderam é uma porcaria”, disse um dos condôminos.
A qualidade das habitações é tão baixa que o MPPR entrou no caso para devolver a esperança às milhares de pessoas que investiram seu dinheiro no projeto. Já são mais de 300 ações na Justiça do Paraná. Os técnicos do ministério fizeram vistorias nos prédios e encontraram irregularidades que vão do piso ao teto. São tantos problemas que o relatório possui centenas de páginas com falhas sobre a qualidade do material utilizado e do serviço executado nas obras.
O caso de Londrina não é o único em que a construtora MRV é acusada de lesar consumidores com a entrega de apartamentos, já que há denúncias e ações contra a companhia em todo o país.
Só em São Paulo o TJ (Tribunal de Justiça) registra mais de 40 mil ações envolvendo a construtora. No Estado, os processos são de várias naturezas: dano material, prática abusiva, vícios de construção estão entre as principais alegações.
A MRV foi uma das maiores beneficiadas do programa Minha Casa Minha Vida, e se tornou uma das principais construtoras do país. Enquanto entrega apartamentos de baixa qualidade, a construtora registra lucros milionários. No ano passado, a empresa teve lucro de R$ 690 milhões.

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