Prefeitura de Patos terá 4º prefeito em menos de três anos




A tarde desta terça-feira (20) foi, mais uma vez, de ‘tsunami político’ na cidade de Patos, no Sertão do Estado. De forma inesperada, o prefeito interino do município Francisco Sales Júnior (PRB) renunciou à presidência do Legislativo Municipal, o que, na prática, provocou o afastamento dele do comando da prefeitura. Com a renúncia de Sales Junior, a cidade de Patos terá o quarto prefeito em pouco mais de dois anos e sete meses da atual legislatura.

O ato político tem como ‘pano de fundo’ o déficit nas contas públicas. Em abril deste ano, a prefeitura tinha um ‘buraco’ nas contas de aproximadamente R$ 50 milhões. Em uma carta, enviada à Câmara de Vereadores, Sales Júnior diz que “sinto-me com o sentimento de impotência, não pelo clima de instabilidade política e jurídica, mas devido à ausência de dotações orçamentárias já em algumas secretarias, a exemplo da secretaria de serviços públicos, infraestrutura e comprometendo o pagamento de servidores conforme informou nossa contabilidade através de alerta, e por isso não podendo mais seguir adiante sem autorização legislativa como determina o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB)”.

Sales vai retornar à Câmara municipal na condição de vereador. No período em que esteve à frente da gestão ele tomou medidas impopulares, para ajustar as contas. Uma delas foi a suspensão dos shows no Terreiro do Forró, durante o São João.  O novo prefeito deverá ser escolhido nesta quarta-feira (21), quando os vereadores elegerão o novo presidente da Câmara.



Três prefeitos

Sales Junior assumiu a titularidade do mandato após renúncia do então prefeito Bonifácio Rocha, em abril deste ano. Vice-prefeito de Patos, Bonifácio Rocha assumiu o comando da cidade após o afastamento do prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB) da prefeitura, em desdobramento à Operação Luz.

Bonifácio encontrou um ‘rombo” financeiro na Prefeitura e baixou um pacote de medidas de cortes de gastos, a exemplo da demissão de comissionados e prestadores, além de reduzir despesas com energia, água, telefone e combustível. Apesar das medidas, não conseguiu equilibrar as finanças do município. A decisão de Bonifácio, no entanto, foi motivada por pressão de adversários e também de familiares.

Com informações de Angélica Nunes, do Jornal da Paraíba ***

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