Investigado por fraudes em três operações, prefeito da Paraíba poderia ‘pedir música no Fantástico’


A Democracia é, segundo muitos, a melhor de todas as formas de Governo. Mas há situações em que a vontade popular parece quase incompreensível. Um exemplo disso é a cidade de Emas, no Sertão do Estado. Lá, o prefeito José William Segundo Madruga conseguiu o ‘feito’ de ser alvo de investigações em três Operações do Ministério Público Federal que apuram denúncias de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. Se ele tivesse marcado gols, com o número de investigações em que está envolvido, já poderia até ‘pedir música no Fantástico’.

Semana passada a Justiça Federal decidiu afastar o gestor do cargo por 180 dias, ou até que uma ação de improbidade administrativa que apura desvios de recursos na construção de uma praça de eventos da cidade seja concluída. Para se ter uma ideia, a obra estava orçada em R$ 609 mil, mas de acordo com a CGU algo em torno de R$ 159 mil teriam sido desviados. A prefeitura contratou a construtora Millenium para executar o serviço – a mesma que recebeu milhões dos cofres públicos de gestões municipais e seria de ‘fachada’.

Segundo Madruga foi preso e afastado do cargo no âmbito da ‘Operação Veiculação’, em 2016, mas conseguiu retornar ao mandato. Nessa época ele já era um dos investigados na ‘Operação Desumanidade’ e, agora, também é alvo da ‘Operação Recidiva’.

O que mais chama a atenção é que no mesmo ano em que foi preso e afastado do cargo, o gestor conseguiu ser reeleito nas urnas com mais de 54% dos votos da população de Emas. Parece ser um caso emblemático em que os órgãos de fiscalização e o Judiciário cumprem os seus papéis, apontando indícios e adotando medidas para evitar novos desvios, mas infelizmente a população – nas urnas – não colabora.



jornaldaparaiba

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