Jogadores do Treze protestam, cobram salários atrasados e atrasam treino

A quarta-feira foi movimentada no estádio Presidente Vargas.
Quando se esperava clima tranquilo para a sequência da semana de trabalho após a vitória contra o Globo-RN, os jogadores do Treze resolveram cruzar os braços antes do treino para cobrar o pagamento da folha salarial referente ao mês de junho.
Por coincidência, ou não, a diretoria havia resolvido abrir os portões do PV para a imprensa nesta quarta.
E aí, quando os repórteres começaram a chegar para registrar mais um dia de trabalho do elenco alvinegro, os jogadores estavam sentados, sem o o uniforme do clube, na porta do vestiário, esperando representantes da diretoria para uma reunião.
Após a ameaça do grupo de não treinar, o presidente Walter Cavalcanti Júnior chegou e seguiu para os vestiários com os atletas.
A atividade, que geralmente começa por volta das 15h30, só foi iniciada perto das 17h. A imprensa acabou que não teve acesso aos jogadores. Os representantes da diretoria também não quiseram conceder entrevistas.
A assessoria de imprensa do Galo se utilizou das redes sociais para postar imagens da equipe treinando.
Outras reclamações
Segundo alguns atletas do Treze, que não quiseram se identificar, o clube deve ao grupo quase dois meses de salários.
E esse é um problema que parece não ser de agora no Galo da Borborema. Neste mês, o clube escapou de ir a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após um ex-jogador do clube, o atacante Saldanha, formular denúncia do não pagamento de salários da época em que o jogador tinha contrato com o Alvinegro, no início deste ano.
O clube foi intimado pelo STJD, demonstrou interesse em fazer uma conciliação com o atleta, fez o acordo e acabou escapando de uma possível denúncia da Procuradoria.
De acordo com um dos atletas do time atual, em conversa com o repórter Bruno Rafael, da Rádio CBN Campina, se até o dia 10 de agosto a diretoria não quitar os débitos, o time vai chegar a dois meses sem pagar salários.
Vale destacar que se houver denúncia formal de atleta ou de entidade sindical representativa de categoria profissional, em caso de julgamento, o clube pode até perder pontos na terceira divisão.
Os atletas também reclamam que nos meses anteriores, os salários foram pagos em parcelas, o que teria prejudicado os seus planejamentos financeiros.
Eles também revelaram que no caso dos funcionários do clube o atraso de salários já gira em torno de quatro meses.


Paraibaonline

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