Maduro pede que militares desarmem traidores e golpistas




O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira (2) aos militares que desarmem os traidores e golpistas, em uma visita que fez ao Ministério de Defesa dois dias depois de uma tentativa de "golpe" liderada pelo chefe do Parlamento e líder da oposição, Juan Guaidó.
"A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) deve se mostrar cada vez mais subordinada ao comando, cada vez mais obediente, disciplinada (...), cada vez mais socialista, anti-imperialista, cada vez mais chavista", disse o presidente para centenas de oficiais em Caracas.
Durante o discurso, que foi transmitido de maneira obrigatória por todas as estações de rádio e televisão, Maduro disse aos soldados que "chegou a hora de combater, derrotando tentativas golpistas de traidores que se vendem aos dólares de Washington".
Maduro voltou a apontar o governo dos Estados Unidos como responsável pela rebelião de terça-feira, que desencadeou dois dias de protestos antigovernamentais e pró-chavismo, e que já deixaram dois mortos e cerca de 200 feridos, segundo dados não oficiais.
O ministro de Defesa, Vladimir Padrino, presente no ato, criticou opositores de Maduro que "querem comprar oficiais" para gerar confrontos entre militares.
"Uma oferta enganosa, estúpida, ridícula (...). Todas essas ofertas que andam fazendo, da boca para fora (...), buscam desestabilizar o governo", disse Padrino.
Por sua vez, o número dois da FANB, Remigio Ceballos, reiterou que os militares são obrigados a serem fiéis a Maduro, que é reconhecido como comandante-em-chefe.
"Não para ser leal a uma corja de vagabundos mercenários políticos que enfrentam o Estado venezuelano (...). Pela violência, ninguém vai obter o poder na Venezuela, não vamos permitir", disse Ceballos.
Ele ratificou o apoio da instituição militar a Maduro e repudiou o pedido de desobediência ao líder chavista feita por Guaidó, "um idiota que se passa por presidente", exclamou.
Guaidó se autodeclarou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido por mais de 50 países, ao considerar que o segundo mandato de Maduro é ilegítimo, por ter sido reeleito em um pleito tachado de fraudulento.

R7

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