Cientista político acredita que grupos familiares vão continuar dominando a política na Paraíba com o fim das coligações proporcionais


O sistema de coligações para as candidaturas proporcionais, como vereador e deputados estadual e federal, deixará de existir nas eleições municipais de 2020. É o que explica o professor doutor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, onde comenta que o Estado tem uma tradição de grupos familiares se perpetuarem na política.
Para o cientista político, a tradição de transferir comandos das siglas de pai para filho na Paraíba representa um modelo de atraso econômico, social e político. “É uma herança oligárquica que vem do início do século passado que teima em continuar nos dias atuais. Essa característica fincou raízes a partir da República (1889), quando teve início o processo eleitoral para a escolha do “presidente” do estado. Assim eram chamados os governadores até 1930”, comentou Lúcio.
Ainda segundo ele, as supostas oligarquias políticas familiares no Estado, formaram clientelas e passaram a disputar o poder entre si, com pouca participação popular. “Mesmo com os avanços ideológicos, as práticas clientelistas e oligárquicas ainda continuam vigentes no estado. Essas práticas se modernizaram e se adaptaram, mas continuam dominando a nossa cultura política. Isso se dá, principalmente, por ser um estado pobre, com poucos recursos econômicos que possam gerar emprego e renda para a população”, finalizou Flávio.


PBAgora

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