PSL decide apoiar Rodrigo Maia para a presidência da Câmara


Segundo presidente do partido, Maia se comprometeu a dar comando da CCJ e da comissão de Finanças

BRASÍLIA — Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL decidiu nesta quarta-feira declarar apoio ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deve tentar a reeleição ao comando da Casa contra outros deputados aliados ao Planalto. Com 52 integrantes, o PSL tem a segunda maior bancada da Câmara, atrás do PT, que tem 56 deputados.

Com o PSL, Maia já teria o apoio de onze partidos – PSL, PSD, PR, PSB, PSDB, DEM, PDT, SD, PRB, Pode e PCdoB – que, juntos, poderão garantir 300 votos na eleição. A votação está marcada para o dia 1o de fevereiro, quando todos os deputados eleitos em outubro de 2018 tomarão posse e elegerão o presidente da Câmara para o biênio de 2019-2020. Como a votação é secreta, nem mesmo o apoio da cúpula dos partidos pode impedir que deputados descumpram a determinação e votem em adversários de Maia.

Uma das primeiras consequências do acordo com o PSL foi a decisão do PRB de retirar a candidatura de João Campos (GO), que tinha a simpatia de Bolsonaro. O presidente da legenda, Marcos Pereira, confirmou o apoio à reeleição de Rodrigo Maia.

— Considerando que a candidatura do João estava condicionada a um bloco importante, retiramos. Eu estive com ele. Considerando que não trouxemos o PSL, não há condições para levar a candidatura adiante. Ele ficou surpreendido com a decisão do PSL, mas compreendeu que é preciso retirar — disse Marcos Pereira.

Além de conseguir a adesão do partido de Bolsonaro, Maia também deve obter votos do PP e do MDB. O presidente da Câmara também conversa com lideranças de partidos da oposição ao Planalto, como o PT, que sinalizou nesta quarta-feira reavaliar um eventual suporte a Maia, diante da aliança com a sigla de Bolsonaro.

O Globo

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