Bolsonaro faz 1ª viagem internacional com protesto na Suíça


O presidente Jair Bolsonaro desembarca na cidade de Zurique na tarde desta segunda-feira, 21, (14h30 no horário europeu, 11h30 horário de Brasília), iniciando o que será seu batismo internacional. O brasileiro será levado da cidade suíça até a estação de esqui de Davos, onde faz seu primeiro discurso para líderes empresariais e chefes-de-estado na próxima terça-feira, 22.
Seu desembarque é acompanhado de perto, tanto pela imprensa internacional como pelos investidores. No fim de semana, protestos por parte de sindicatos suíços e ativistas em Lausanne e Berna levavam cartazes com a foto de Bolsonaro e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Nelas, um recado: "not welcome" (Não são bem-vindos).
Nos últimos dias, os principais jornais suíços destacaram a presença de Bolsonaro como uma das mais relevantes do Fórum Econômico Mundial, que começa na noite de segunda. Crises domésticas nos EUA, França e Reino Unido acabaram afastando alguns dos principais líderes que, de última hora, cancelaram suas viagens para Davos..
Como resultado, o palco foi deixado para o brasileiro, que promete fazer um discurso moderado para tentar desfazer sua imagem de "extremista". Ao "Estado", o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, garantiu que sua mensagem seria de liderar um "governo constitucional". "O caminho, desde a proposta do plano de governo, é estado de direito. Rigorosamente dentro do que a Constituição prevê. O governo que tem uma relação franca e transparente com o Congresso nacional, que respeita a repartição de poderes", disse.
Mas, avaliando pelo tom da cobertura internacional, Bolsonaro terá um amplo trabalho para transformar sua imagem no exterior. Numa matéria publicada no final da semana passada, o jornal suíço Le Temps se questiona se Bolsonaro estaria "no mesmo trilho de Pinochet".

Terra

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