O líder da bancada de oposição,
na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), vereador Anderson Maia (PSB),
disse que votou contrário ao Projeto de Lei 072/2018, de autoria do vereador
Márcio Melo, tornando obrigatória a implantação de redes de proteção em prédios
e residências. Ele afirmou que o PL é um tanto quanto nebuloso, uma vez que há
uma transferência de responsabilidades para a iniciativa privada e assegurou
que até a justificativa da peça é vaga: “Não tem a clareza necessária para sua
existência”, disparou.
Anderson acredita que o prefeito,
Romero Rodrigues não sancione o Projeto de Lei por ser totalmente invasivo a
privacidade das pessoas que moram em residências e/ou apartamentos e que não
desejem ter telas de proteção, mesmo que isso seja para segurança de alguns. “Então,
espero que o prefeito não sancione, que ele vete esta lei, trata-se de uma lei
absurda. Você não pode obrigar ninguém que tenha uma residência ou apartamento
implantar grades, cercas, telas e afins”, destacou.
O vereador disse ainda que não
houve tempo hábil para analisar o Projeto de Lei 072/2018, mesmo assim votou
contrário por entender que trata-se de uma Lei que contraria o direito das
pessoas optarem por implantar ou não esse tipo de segurança em seus lares. O mais
absurdo na Lei, conforme Anderson, é que até residências entraram nessa
obrigatoriedade. “Sinceramente não vejo sentido nisso, apesar de acreditar que
em prédios isso possa ser válido para quem tem crianças, mas indiscutivelmente,
obrigar é um equívoco”, argumentou.
Outro ponto que chama a atenção,
segundo Anderson Maia, é que a Lei também obriga a contratação de uma empresa
privada para a sua execução. “Sem contar que de dois em dois anos, deverá haver
ainda por parte dessas empresas, uma manutenção. É um tanto nebuloso porque a
gente observa essa transferência de responsabilidade para a iniciativa privada a
quem é do ramo, para quem trabalha com esse segmento e isso também nos chamou
atenção. Não estou fazendo acusações, mas quando você torna algo obrigatório,
automaticamente alguém está sendo beneficiado e não é o proprietário do
apartamento ou residência”, alertou Anderson.
O vereador finalizou afirmando
que antes de se apresentar um Projeto dessa natureza, já que conforme
justificativa se dirige à segurança da população, que haja uma consulta direta
para quem irá se beneficiar. “Eu não poderia, como representante do povo que sou,
votar a favor desse projeto. Acredito que Projetos dessa natureza devam passar
por uma consulta popular”, pontuou Anderson Maia.
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