Secretaria de Saúde reinicia cronograma de pagamento de salários



Mesmo com os atrasos de repasses de incentivos financeiros do Governo Federal e do Governo do Estado, a Secretaria de Saúde de Campina Grande vai retomar nesta terça-feira, 04, o pagamento dos salários dos servidores da pasta. O cronograma prevê a quitação da folha dos trabalhadores da rede municipal de saúde até o dia 12 deste mês, graças ao aporte de recursos próprios da Prefeitura.

Além do atraso constante no repasse para a Atenção Básica, por parte do Governo Federal, a Secretaria Municipal de Saúde enfrenta também o não pagamento das contrapartidas do Governo do Estado para os serviços das Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), a Farmácia Básica e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). O débito do Governo Estadual ultrapassa a cifra de R$ 16 milhões.

Aliado aos atrasos e não pagamentos, a Secretaria de Saúde de Campina Grande ainda enfrenta outro problema em relação ao custeio dos procedimentos de pacientes oncológicos, como radioterapia e cirurgias oncológicas. O Ministério da Saúde repassa, anualmente, R$ 1,4 milhão para radioterapia e R$ 2,6 milhões para as cirurgias oncológicas. No entanto, somente até o mês de junho, já foram investidos mais de R$4,5 milhões no tratamento de pacientes oncológicos.

Outros serviços importantes para todo o estado também estão sendo mantidos com recursos próprios da Prefeitura, a exemplo da UTI Materna do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), que é custeada há 4 anos apenas pelo Governo Municipal com valores acima de R$ 400 mil por mês. Além do Isea, o município ainda tem que arcar com cerca de R$ 200 mil para a obstetrícia na rede complementar, que são os procedimentos realizados na Clipsi e na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP).

Somado a isso, a saúde municipal teve um acréscimo nas despesas desde o ano passado, de R$ 800 mil/mês, para manutenção da UPA Dinamérica, que atendeu mais de 37 mil pessoas no primeiro semestre de 2018. “Nós temos uma receita semelhante à receita de 2013, mas crescemos em termos de serviços consideravelmente e estamos tendo que manter uma estrutura muito superior com os mesmos valores de contrapartida por parte do Governo Federal e um valor menor por parte do Governo Estadual”, explicou a Secretária de Saúde, Luzia Pinto.

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