Vereador acusa juízes de parcialidade e afirma que entrará com representação contra magistrados



O presidente da Câmara Municipal de Piancó, Antônio Azevedo Xavier, mais conhecido como Hermogenes acusou, durante discurso na Casa, os juízes Diego Garcia Oliveira e Isabella Joseanne Assunção Lopes de serem parciais em suas sentenças, concedendo, segundo ele, liminares tendenciosas. Por conta disso, o presidente disse que vai abrir representação contra os magistrados. Hermogenes ficou conhecido nacionalmente ao afirmar que bebe todos os dias por recomendação médica.

“Vou representar o eminente juiz de direito que saiu daqui. Aqui nesta Casa já tem dois casos de autoridades competentes que cometem erros. Um deles foi daquela juíza que bloqueou as contas do município, mas em troca tinha a filha e o genro dela, e o genro ainda tá aí trabalhando na UPA e ganhando R$ 30 mil. Então isso aí são liminares tendenciosasque saem por conta das autoridades”, disse o presidente da Câmara.

Hermógenes tem uma vida política turbulenta. Ele já chegou a ser denunciado junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) por má aplicação do dinheiro público no ano de 2017. O gestor teria realizado suplementação sem a autorização da própria Câmara, desrespeitando o que rege a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a norma legal para se empenhar e autorizar pagamentos.

O presidente – que ficou conhecido em todo o país por frequentar as sessões da Câmara bêbado, admitindo isso a uma rede nacional de TV, alegando que tomava uísque diariamente seguindo recomendações médicas – poderia gastar, com base na LOA 2017, um total de R$ 110 mil, mas acabou o ano com um gasto de R$ 161,6 mil em serviços prestados por terceiros. Nas obrigações patronais, o presidente poderia utilizar R$ 160 mil, mas, segundo o Sagres, aplicou nessa área R$ 185,2 mil.

Hermógenes chegou a encaminhar documento ao prefeito Daniel Galdino pedido ajuda financeira para o Poder Legislativo. O prefeito enviou documento ao presidente da Câmara propondo se buscar uma solução para resolver o impasse existente até o final do ano passado, contudo, ele se negou a recebeu a mensagem do gestor municipal. Os vereadores ainda procuraram meios para regularizar a situação, inclusive, até mesmo antes do final do exercício financeiro de 2017, contudo, sem êxito.

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