SINDIPETRO denuncia concorrência desleal e revela que distribuidoras privilegiam grandes grupos econômicos com preços diferenciados




Uma manobra das distribuidoras para privilegiar postos ligados a hipermercados de grandes grupos internacionais está desequilibrando o comércio varejista de combustíveis na Paraíba. A denúncia é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (SINDIPETRO-PB), que revelou nesta quarta-feira (06) um esquema de favorecimento a esses estabelecimentos, que estariam adquirindo diesel e outros combustíveis bem abaixo do preço praticado pelas próprias distribuidoras junto ao empresariado local.

Para comprovar a situação, a entidade representativa do comércio varejista de combustíveis resolveu escancarar os preços praticados pelas distribuidoras junto aos empresários locais. Pela tabela disponibilizada pelo SINDIPETRO-PB, os postos estão comprando o óleo diesel S10 para revender ao consumidor final ao preço médio de R$ 3,15 e o diesel S500 ao valor de R$ 3,11. Enquanto isso, o hipermercado Carrefour, por exemplo, estampa o valor de R$ 2,86, valor infinitamente inferior ao preço que qualquer outro posto de combustível compra nas distribuidoras.

A entidade lamenta a situação, que não se restringe ao diesel, e chama atenção dos órgãos fiscalizadores para que adotem providências no sentido de restabelecer o equilíbrio do mercado, já que do jeito que vai muitos estabelecimentos terminarão fechando as portas diante de uma concorrência desleal e que só penaliza os empresários paraibanos, que moram, investem e acreditam na Paraíba.

O SINDIPETRO-PB entende que a postura das distribuidoras em favorecer os grandes conglomerados econômicos em detrimento da infinita maioria dos estabelecimentos locais é profundamente lamentável e que só traz muito mais malefícios que benefícios. Além de gerar uma concorrência desleal, confunde a sociedade que passa a ter uma idéia equivocada de como funciona o setor, sobretudo diante da crise recente em relação ao diesel, em que os órgãos fiscalizadores têm atuado no sentido de buscar melhores preços aos consumidores.

Por fim, a entidade que representa os interesses de mais de 600 estabelecimentos acredita e confia que essa situação será revista, com uma mudança de posicionamento das distribuidoras que devem dar as mesmas condições para todos, especialmente em nome de uma concorrência leal, justa e que, acima de tudo, respeite a legislação para o bem do setor e da própria economia paraibana.

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