Trump diz que não fará acordo para regularizar imigrantes ilegais



Ele defendeu que os republicanos aprovem novas leis mais duras usando a chamada "opção nuclear", uma manobra legislativa no Senado que permite aprovar um projeto maioria simples —em geral, são necessários 60 dos cem votos da casa para acabar com uma obstrução. 
Assim, o presidente americano disse que não fará um acordo para renovar o Daca, programa criado em 2012 pelo ex-presidente democrata Barack Obama. A regra permitia que imigrantes que chegaram ilegalmente aos EUA quando ainda eram criança —os "dreamers"— recebessem autorização para viver e trabalhar no país, sem risco de deportação. 
Trump cancelou o programa, mas a medida foi barrada na Justiça e os imigrantes não foram deportados. 
O presidente já tinha declarado por diversas vezes que estava aberto a negociar um acordo com os democratas para permitir que os "dreamers" continuassem a viver no país, mas em troca ele queria que a oposição autorizasse a liberação da verba para a construção de um muro na fronteira com o México, uma de suas promessas de campanha.
As declarações deste domingo, porém, indicam que Trump mudou de ideia e não quer mais um acordo. 
No fim de março, Trump chegou a ameaçar vetar um projeto de orçamento aprovado pelo Congresso exatamente porque o documento não tratava nem do Daca e nem do muro. No fim, porém, ele acabou assinando a lei. 
Enquanto passava o feriado de Páscoa em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, Trump disse a jornalistas que "o México precisa nos ajudar na fronteira".
Neste domingo, ele disse nas redes sociais que o governo mexicano estaria fazendo "muito pouco, se não nada", para impedir o fluxo de pessoas através da fronteira e, por isso, ameaçou também cancelar o Nafta, (o acordo de livre comércio da América do Norte), que atualmente está sendo renegociado com o México e o Canadá. 
"Eles riem de nossas leis de imigração burras. Eles devem parar os grande fluxos de drogas e pessoas ou eu vou deter sua fonte de dinheiro, o Nafta. Precisamos do muro", escreveu Trump. 
REUTERS

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