Delegada comenta que o fim do Pag Fácil não é um caso de polícia


A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Defraudações da Capital, deu por encerrado ontem o caso do descredenciamento de 24 unidades do Pag Fácil no Estado, ocorrida supostamente sem qualquer aviso e denunciado na última terça- feira por franqueadores que se diziam lesados com a decisão. A orientação da delegada Vanderléia Gadi foi de que todos eles procurassem a Justiça Civil, pois, em momento algum, houve qualquer ação criminosa.

“As pessoas que procuraram a Delegacia de Defraudações e Falsificações questionando o descredenciamento não apresentaram nenhum indicativo de conduta criminosa. Sequer forneceram documentação das lojas franqueadas, pois haviam adquirido os pontos através de repasse. Por este motivo, os fatos apresentados não configuram conduta criminosa, mas sim um ilícito cível”, afirmou a autoridade policial, informando que eventuais questionamentos sobre a rescisão contratual deverão ser discutido na Justiça Cível.

Vanderléia Gadi decidiu pelo arquivamento das ocorrências policiais feitas na delegacia até que surjam informações que indiquem a eventual prática de qualquer conduta criminosa, afirmando aos franqueadores sobre a importância de se formalizar qualquer tipo de negociação desta natureza (repasse), procurar antes de qualquer conclusão do negócio, a empresa responsável, para minimizar futuros questionamentos. “Quaisquer dúvidas, a população paraibana poderá contar sempre com a Polícia Civil, para assessorar e orientar no que for possível, dentro de suas atribuições”, disse a delegada.

Em reunião na manhã de ontem com empresários e advogados da Empresa Pag Fácil, cuja matriz está situada na cidade de Barueri, interior paulista, os denunciados apresentaram toda documentação solicitada pela Polícia Civil, que, segundo a delegada Vanderléia Gadi, não caracteriza qualquer ato criminoso, já que pela documentação apresentada, todas as lojas descredenciadas foram comunicadas do motivo do descredenciamento.

“A documentação apresentada pela rede Pag Fácil informa a identificação na contabilidade de algumas lojas franqueadas. Além da divergência contábil, a rede Pag Fácil identificou diversas negociações dos pontos comerciais (repasse), sem comunicação prévia à empresa. Foi feita uma auditoria,] por uma empresa autorizada contratualmente por todos os franqueados, tendo como resultado o descredenciamento de 53 lojas, sitiadas nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, São Paulo e Paraná”, garantiu a autoridade policial.

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