Usado sem avisar usuários, mecanismo faz computador ficar lento e gastar mais energia.
A página oficial da Universidade Federal da Paraíba – UFPB – usa sem avisar o computador das pessoas que a visitam para minerar criptomoedas, o que faz as máquinas que navegam ficarem lentas. A empresa que fornece este serviço foi informada por e-mail, assim como a Universidade mas até o momento o código responsável ainda não foi retirado. A inserção do código pode ter sido feita por um ataque hacker.
O site é o ufpb.br, que reúne os mais importantes serviços prestados pela universidade aos estudantes, professores e cidadãos em geral, como informações sobre cursos, projetos, pesquisa e extensão.
O portal possui uma linha de código no script de sua página que faz os visitantes participarem, sem saber, da mineração de criptomoedas.
Este é o processo necessário para que moedas virtuais, como o bitcoin, sejam enviadas e recebidas por compradores e vendedores. Como os mineradores colocam a capacidade computacional de suas máquinas à disposição da rede, são recompensados com criptomoedas. Elas são chamadas assim, porque todo o processo em torno da realização de transação usa criptografia.
Não há informação por quanto tempo o mecanismo já está no ar.
Segundo ele, “assim que desconfiei, fui inspecionar todo o código fonte da página e encontrei o local exato da utilização deste mecanismo. Comuniquei a Coinpot, empresa responsável pelo serviço, e também informei, por e-mail, à Universidade Federal”.
“Sou defensor do uso legal, responsável e consciente da internet e acredito que práticas como essa devem ser adotadas por todos os especialistas, ou não, para garantir uma melhor utilização dos serviços dispostos na rede mundial de computadores”, acrescenta.
A mineração de criptomoedas dentro do navegador é visualmente imperceptível, mas tem outros efeitos sobre o computador:
- aumenta o consumo de energia elétrica;
- deixa o computador mais quente;
- reduz o tempo de duração da bateria para quem usa notebooks.
O recurso também é usado por hackers. Eles invadem sites e incluem o script para que os visitantes trabalhem como mineradores para eles.
É possível bloquear o funcionamento desses códigos ao mudar as configurações do navegador de internet ou instalando plug-ins que bloqueiam scripts.
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