A presidente da Câmara Municipal de Campina Grande,
vereadora Ivonete Ludgério (PSD) se utilizou do pequeno expediente, na manhã
desta quarta-feira (28), para relatar em detalhes tudo que sua filha caçula,
Ana Karolynne e mais três amigos passaram, no último domingo (25), nas mãos de
dois bandidos que os renderam e tomaram o automóvel HB20/2018 em que estavam,
nas proximidades do bairro Itararé.
Ivonete disse que um dos piores momentos foi estar de frente
aos pais dos meliantes presos confrontarem as vítimas e ainda propor que as
mesmas amenizassem a situação dos seus filhos. “Um dos pais chegou a me
questionar sobre o que poderia fazer para amenizar a situação do seu filho. Um
policial passou todo o tempo dentro da viatura, conversando com os familiares
dos bandidos, quer dizer: onde nós estamos?”, desabafou.
Indignada com o tratamento dado aos bandidos, Ivonete
revelou que se ela e o seu esposo, deputado estadual, Manoel Ludgério não
tivesse chegado a tempo na delegacia, a moto em que os mesmos estavam praticando
assaltos, teria sido devolvida ao pai de um deles para continuarem praticando
delitos. “Se nós não tivéssemos chegado a tempo, a moto seria devolvida e eles
continuariam praticando assaltos como mais um ocorrido ontem com a sobrinha do
vereador Pimentel”, disse.
Outro desabafo feito pela presidente do Legislativo
campinense foi o de que, enquanto um dos colegas da sua filha, que estava no
carro no momento do assalto, que sofreu agressão física dos bandidos, não foi
fazer exames de corpo delito, mas os assaltantes foram. “Eu pergunto: onde nós
estamos? Que inversão de valores é essa? Minha filha está traumatizada, não
consegue dormir a não ser à base de medicação e, provavelmente deverá se
submeter a terapia. Agradeço a Deus não ter sido mais grave do que o assalto em
si. Como nós vamos viver num país desses? O bandido tem direito a exame de
corpo de delito, dois dias depois audiência de custódia e é solto e as
vítimas?!”, questionou Ivonete.
Por fim, Ivonete Ludgério faz um apelo aos colegas da CMCG: “Temos
colegas aqui na Câmara que serão candidatos a deputado federal, então o
primeiro processo é a mudança na Lei. É o deputado deixar de se comprometer com
a indústria de armas, com empresários e se comprometer com a população. Esta é
uma das primeiras coisas que devemos cobrar, senadores e deputados são quem
fazem as leis neste país e essas é que precisam mudar e serem colocadas em
prática. Temos que protestar, eu, a dona de casa que teve uma bacia roubada, um
produtor rural que que teve uma galinha roubada. A hora é essa de protestar na
hora do voto”, finalizou.
Ouça o áudio na íntegra:
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